-Tema: OBRAS DA CARNE
Romanos 12.10-21
O mundo vive
em guerra há tantos séculos, que as pessoas parecem não conseguir viver
sem brigar. Se tornou parte de sua rotina, de sua natureza estar sempre
lutando contra algo ou alguém. Esta é a razão porque o mundo está tão
dividido e as pessoas são inimigas umas das outras.
Leia mais sobre o assunto nos estudos: AS OBRAS DA CARNE.
Leia mais sobre o assunto nos estudos: AS OBRAS DA CARNE.
Como superar inimizades?
Vamos estudar um pouco sobre a inimizade:
1- O nosso verdadeiro inimigo - SATANÁS:
I Pedro 5.8 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor,
como leão que ruge procurando alguém para devorar”.
Desde
o jardim do Éden, quando Deus lançou a maldição sobre a serpente, dizendo: “porei inimizade entre
ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente” (Gênesis 3.15),
o diabo se tornou o maior inimigo da humanidade. O próprio nome Satanás ou satan (שָׂטָן) significa adversário,
inimigo e acusador.
A
estratégia de Satanás é enganar, porque é mentiroso (João 8.44), então provoca as
pessoas umas contra as outras para haver contendas. Mas o verdadeiro cristão
consegue discernir suas provocações “porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes” (Efésios 6.12). Então o único inimigo que o
cristão tem é espiritual e não carnal, por isso não precisamos ter inimizade
com ninguém.
O cristão só tem um
inimigo que é Satanás!
2- Origem e Tipos de Inimizades:
Tiago 4.1 e 4 “De onde procedem guerras e
contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa
carne? ... Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?
Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
Como
já foi dito, o cristão não tem desculpas nem motivos para ter inimizade com
ninguém, absolutamente. O apóstolo Tiago pergunta de onde vêm as inimizades e
conclui que é do mundanismo, dos desejos carnais, que lutam dentro das pessoas (Tiago 4.2,3).
Então podemos entender que a origem das inimizades é uma vida mundana, baseada
no orgulho pessoal (Tiago 4.5).
Contudo,
podemos também definir algumas rações para inimizades, que lamentavelmente
acontecem até mesmo com cristãos, pois a Palavra diz” “se possível, quanto depender de vós,
tende paz com todos os homens” (Romanos 12.18). Existem situações em que
conflitos são quase inevitáveis.
Tipos
de inimizades:
a) Por falar a VERDADE: Gálatas 4.16 “Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a
verdade?”. O
cristão tem um compromisso em falar somente a verdade, então se alguém gosta de
mentira, logo não gostará do cristão. Jesus mesmo avisou que seríamos
injuriados por pessoas mentirosas (Mateus 5.11). Mas não podemos falar a verdade
para ferir as pessoas e sim falar “a verdade em amor” (Efésios 4.15).
b) Por causa da FÉ: Filipenses 3.18 “Pois muitos andam
entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até
chorando, que são inimigos da cruz de Cristo”. Muitas
pessoas não aceitam a fé do seu próximo e suas convicções, por isso consideram
cristãos como seus inimigos. Também há cristãos que dão mau testemunho e
alimentam este tipo de sentimento.
c) Por diferenças de OPINIÃO: II Timóteo 3.3 “desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si,
cruéis, inimigos do bem”.
Este texto fala sobre as pessoas nos últimos dias, mesmo diante da tecnologia,
da evolução da comunicação, da cultura, as pessoas ainda se tornam inimigas
porque pensam diferente umas das outras. Por causa disso devemos “evita discussões
insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm
utilidade e são fúteis” (Tito 3.9). Quanto a isso, a Palavra de Deus nos
orienta a “não o
considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão” (II Tessalonicenses
3.15). Esta é na verdade uma questão de maturidade, pois a nossa
razão não pode ser maior que o dever de amar (I Pedro 4.8).
d) Por que são inimigos de
TODOS: I
Tessalonicenses 2.15 “os quais não somente mataram o Senhor Jesus e os profetas,
como também nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são adversários de todos
os homens”. Infelizmente existem pessoas que não sabem viver em paz,
pois “para os
perversos, diz o meu Deus, não há paz” (Isaías 57.21).
São pessoas que o inimigo, Satanás lhes usa para criar inimizade por onde
passam, com comportamento “enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas
de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas”
(I Timóteo 6.4).
Devemos também orar por estes e pedir ao Senhor os liberte, pois ainda não conheceram
o amor de Deus.
Como
cristãos precisamos entender estes tipos de inimizades e aprender a evitar
estas coisas.
Lute para não ter
inimigos!
3- Como solucionar inimizades?
Efésios 2.14 e 16 “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo
derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, ... e reconciliasse ambos em um só corpo com
Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade”.
Quem
tem Jesus deve viver em paz, porque Jesus é a nossa paz e desfez toda inimizade.
Este sentimento ruim de ser inimigo dos outros foi retirado de nós quando
nascemos de novo e recebemos um novo coração (Ezequiel 11.19), para amar a todas
as pessoas (Marcos
12.31).
Então
o que fazer?
a) ORAR: Mateus 5.43,44 “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu
inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem”. A primeira
atitude de um cristão para tudo é “orai sem cessar” (I Tessalonicenses 5.17). Nesta
oração devemos pedir perdão pelos nossos pecados como Jesus ensinou (Mateus 6.12)
e perdoar a pessoa que nos ofendeu (Mateus 6.14,15). Não temos opção, devemos
perdoar.
b) RECONCILIAR: Mateus 18.15-17 “Se teu irmão pecar
[contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu
irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para
que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça.
E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja,
considera-o como gentio e publicano”. Jesus deu a ordem correta para
a forma de se reconciliar com alguém. Primeiro devemos procurar a pessoa só.
Depois, podemos levar uma testemunha, alguém para ajudar, que seja um pacificador
(Mateus 5.5).
Por último o assunto pode ser levado à igreja. Acontece que a pessoa que
promove contendas faz o contrário: primeiro conta pra todo mundo, depois arruma
uma testemunha e por último a pessoa fica sabendo (Provérbios 16.28 e 26.20).
Jesus
nos ensinou a procurar as pessoas que nos ofendem e “entra em acordo sem demora com o teu adversário,
enquanto estás com ele a caminho” (Mateus 5.25), porque sabe que uma
pequena discussão pode virar uma rixa (Provérbios 17.14), e quanto antes resolver melhor.
Se
você tiver algum inimigo, primeiro ore por ele e por sua vida também, para que
seu coração seja totalmente livre desta obra da carne que é a inimizade. Deus
irá proporcionar o momento em que se encontrará com a pessoa para dar e receber
o perdão.
Procure resolver qualquer
inimizade!
Seja amigo e não inimigo!
-CONCLUSÃO:
II Timóteo 2.14, 23 e 24 “Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante
Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam,
exceto para a subversão dos ouvintes. ... E repele as questões insensatas e
absurdas, pois sabes que só engendram contendas. ... Ora, é necessário que
o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com
todos, apto para instruir, paciente”.
Estes
conselhos de Paulo a Timóteo são muito úteis para não ter inimigos. Primeiro,
evitar palavras que possam provocar problemas. Segundo, evitar questões que
podem causar confusão. Terceiro, procurar ser uma pessoa mansa como Jesus
ensinou (Mateus
11.19).
O
cristão não precisa ter inimigos, pois Deus “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu
o ministério da reconciliação” (II Coríntios 5.18), também somos
mensageiros de uma “palavra de reconciliação” (II Coríntios 5.19).
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