-Tema: OBRAS DA CARNE
Deuteronômio 18.10,11 “Não
se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem
consulte os mortos”.
Ente os povos antigos como os egípcios, babilônios e cananeus era comum a prática de feitiçaria (Êxodo 8.7; 9.11; Deuteronômio 18.9-14; I Samuel 28.1-15; I Crônicas 10.3). A feitiçaria no Antigo Testamento era castigada com pena de morte (Êxodo 22.18; Levítico 20.27).
Satanás tentou Adão e Eva ao dizer-lhes: "Vós sereis como Deus" (Gênesis 3.5),
e esta foi a primeira prática feiticeira, pois através de uma
manifestação diabólica em uma serpente e pela manipulação de um objeto
(fruto) com objetivo de receber poderes especiais.
Leia mais sobre o assunto nos estudos: AS OBRAS DA CARNE.
Leia mais sobre o assunto nos estudos: AS OBRAS DA CARNE.
Como descobrir a feitiçaria?
Vamos estudar os tipos de feitiçarias:
1- Necromancia:
Isaías 8.20 “Quando vos disserem:
Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso,
não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os
mortos?”.
A
necromancia é o culto aos mortos. A palavra necromancia vem do grego nekrós (νεκρός),
que significa morte e mancia ou manteía (μαντεία)
que significa adivinhação. A prática da necromancia está relacionada à
feitiçaria e adivinhação, como aconteceu através da feiticeira de Em-Dor, que
enganou Saul dizendo que o espírito de Samuel, o profeta já morto, teria lhe
aparecido (I
Samuel 28.7-25).
Toda
e qualquer prática de homenagem, orações a pessoas que já morreram, tentativas
de se comunicar com pessoas mortas e veneração de antepassados ou ancestrais,
são práticas de necromancia, condenadas pela Palavra que diz: “quando alguém se
virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu
me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo”.. (Levítico 20.6).
Culto
aos mortos é um tipo de feitiçaria!
2- Adivinhação:
Levíticos 19.21 “Não vos voltareis para os
necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes
contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus”.
A
tentativa de adivinhar as coisas é uma forma de manipular as pessoas e coisas
ou o tempo, por isso é um tipo de feitiçaria. Ciganas, cartomantes, pessoas que
leem búzios e tantos outros métodos, tentam praticar adivinhação. Contudo, a
adivinhação muitas vezes é usada de forma sutil através de suposições, que é
uma atitude de esperteza para enganar as pessoas.
Os
reis pagãos tinham adivinhos que consultavam, com fazia Nabucodonosor, quando
mandou chamar os médios e magos várias vezes (João 2.2; 4.7; 5.7, 11). Alguns
reis de Israel se envolveram com práticas de adivinhação como Manasses que “adivinhava pelas
nuvens, era agoureiro e tratava com médiuns e feiticeiros’ (II Reis 21.6).
A
Palavra de Deus declara com muita firmeza que Deus não se agrada de adivinhação
(Deuteronômio
18.10). Deus mesmo promete que “eliminarei as feitiçarias das tuas mãos, e não terás
adivinhadores” (Miqueias 5.12).
Sabemos
que o diabo promove este tido de coisa, pois é “mentiroso e pai da mentira” (João 8.44).
Certa vez o apóstolo Paulo se encontrou com “uma jovem possessa de espírito adivinhador”
(Atos 16.16)
e repreendeu o espírito maligno para sua libertação (Atos 16.18).
Adivinhação é um tipo de feitiçaria!
3- Agouro:
Jeremias 27.9 “Não deis ouvidos aos vossos profetas e aos vossos adivinhos, aos
vossos sonhadores, aos vossos agoureiros e aos vossos encantadores, que
vos falam, dizendo: Não servireis o rei da Babilônia”.
Agouro
significa mau pressentimento. Também é uma forma de adivinhação, além de
prática de feitiçaria, pois é uma forma de manipular pessoas espiritualmente. O
agoureiro sempre prediz coisas ruins. Alguns são muito espertos e dizem coisas
óbvias, que todos sabem que acontece.
A
Palavra de Deus nos diz claramente para “não agourareis, nem adivinhareis”(Levítico 19.26b),
pois isso desagrada ao Senhor. Ninguém precisa de alguém para dizer o futuro,
muito menos de profetas da desgraça. Deus é o único que sabe o que pode
acontecer, além de ter o poder de mudar todas as coisas (Isaías 41.26 e 45.21).
Balaão
era um vidente agoureiro, que anunciavas as coisas que poderiam acontecer. Era
pago por reis para profetizar o bem a seu respeito a fim de animar o exército e
ganhar a confiança do povo (Números 22.7). Até que foi chamado para
amaldiçoar o povo de Israel e Deus lhe enviou um anjo, que apareceu barrando o
seu caminho ao ponto de sua jumenta falar (Números 22.21-33). Então Balaão deixou de fazer
agouros (Números
24.1).
Agouro é um tipo de
Feitiçaria!
4- Sacrifícios pagãos:
II Reis 17.17 “Também queimaram a seus
filhos e a suas filhas como sacrifício, deram-se à prática de adivinhações
e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mau perante o SENHOR,
para o provocarem à ira”.
Um
sacrifício pagão significa toda e qualquer forma de culto que não seja ao único
Deus verdadeiro, que deve ser adorado em “espírito e em verdade” (João 4.24). A única exigência do
Senhor para nós ao cultuarmos a Ele é um coração quebrantado (Salmos 51.19).
Deus não exige ofertas exageradas nem qualquer comportamento irracional (Romanos 12.1,2).
Qualquer comportamento exagerado pode ultrapassar a adoração simples e sincera
exigida por Deus.
No
tempo do rei Manasses o povo se desviou dos caminhos de Deus praticando
sacrifícios pagãos a outros deuses, pois o rei Manasses “queimou seus filhos como oferta no vale do
filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias,
tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau
perante o SENHOR, para o provocar à ira”
(II Crônicas
33.6). Como dizem estes dois últimos textos, isso provocava a ira
Divina.
O
sacrifício de Cristo por nós é único e suficiente, pois Jesus morreu “uma vez por todas”
(Hebreus 7.27).
A palavra ‘missa’ significa sacrifício e tem o objetivo de repetir o que Cristo
fez na cruz, mas isto é impossível (Hebreus 9.12, 26). A morte sacrificial de Jesus
foi para sempre a única forma de recebermos a Salvação e todas as bênçãos que
conquistou por nós (Hebreus 10.2 e 10).
Não
precisamos fazer sacrifícios para comprar bênçãos, pois isso seria também uma
forma de manipular as coisas espiritualmente, o que é feitiçaria. Qualquer
tentativa de ‘vender’ ou ‘comprar’ bênçãos não passa de cópia de práticas
feiticeiras.
Além
disso, devemos tomar cuidado em não participar de cultos místicos, disfarçados
como o Halloween (leia o estudo O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O
HALLOWEEN),
festas juninas e quermesses, onde alimentos são oferecidos a ídolos (I Coríntios 8.1-10).
Sacrifícios pagãos são
formas de feitiçaria!
5- Mágica:
Atos 19.19 “Também muitos dos que haviam
praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos.
Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinquenta mil denários”.
As
práticas de magia ou mágica são condenadas pela palavra de Deus (Isaías 47.9-12).
Pode ser considerada uma obra de feitiçaria porque manipula pessoas e coisas
atribuindo poder sobrenatural ao mágico. O principal motivo para a mágica ser
considerada erra é o fato de se basear na arte de enganas as pessoas (Atos 8.11).
No
Antigo Testamento existem claras reprovações a práticas de magia (Deuteronômio 18.11).
Alguns exemplos de pessoas que praticaram mágica no Antigo testamento:
a) Os encantadores de Faraó: que fizeram varas se transformar em
cobra (Êxodo
7.11).
b) Os magos da Babilônia: que foram chamados duas vezes para
revelar o sonho do rei Nabucodonosor (Daniel 2.2 e 4.7) e não conseguiram (Daniel 2.10 e 27).
Também foram chamados pelo rei Belsazar para interpretar a escrita na parede (Daniel 5.7)
e também não conseguiram (Daniel 5.11 e 15).
c) Encantadores de serpentes: práticas místicas muito comuns no
oriente médio (Eclesiastes
10.11 e 8.17), que dizem conseguir encantar víboras de forma que não
os piquem.
No
Novo Testamento, as práticas de magia são citadas três vezes:
a) O mágico Simão: que ao ver o poder de Deus agindo na
vida dos apóstolos, propôs pagar para adquirir a mesma capacidade e foi
advertido (Atos
8.9-24).
b) O mágico Barjesus: também chamado de Elimas, que significa
mágico, que se opôs quando Paulo pregava para o procônsul Sérgio Paulo e foi
severamente repreendido pelo apóstolo e ficou cego (Atos 12.6-11).
c) Os livros de magia: muitas pessoas em Éfeso se converteram
e queimaram seus livros de magia (Atos 19.19), obedecendo ao que manda a lei
(Deuteronômio 7.25).
Sem
dúvida alguma a mágica engana as pessoas e se baseia na mentira, por isso é
reprovada pela Palavra de Deus. Temos um poder muito maior em nossas vidas que
é a presença do Espírito Santo, que opera sinais e maravilhas (João 14.12 e Atos
16.17,18).
Mágica é um tipo de
feitiçaria!
6- Animismo:
Atos 17.23 “porque, passando e
observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no
qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é
precisamente aquele que eu vos anuncio”.
O
animismo significa atribuir poder a objetos ou coisas, como se fossem animados
e não apenas inanimados, como na verdade são. Práticas como simpatias, uso de amuletos,
benzições, passes, energizar cristais, água benta ou orada, lencinhos ungidos, rosa
ungida, sal grosso, plantas para espantar mal olhado, etc... são formas de
manipular objetos atribuindo poderes aos mesmos.
O
povo de Israel absorveu costumes pagãos de levantar altos e postes (II Crônicas 33.19),
onde criam habitar os deuses e isso desagradava ao Senhor (Ezequiel 6.6), visto que atribuíam
poderes a estes lugares. Também faziam cozidos com propósito de enfeitiçar as
pessoas (Ezequiel
13.18 e 20).
Uma
das desculpas para utilizar objetos como ‘símbolos’ para transmitir poder são
os ‘lenços’ de Pedro que foram levados para tocar em enfermos para serem
curados (Atos
19.12). Embora isto tenha sido fato, não existe nenhuma orientação
ou mandamento para fazer isso novamente.
Já
no caso da unção com óleo, não há problema porque o azeite se desfaz absorvido
pela pele ou evaporando e por isso não se torna objeto de culto, além de ter
sido orientado por Jesus a seus discípulos (Marcos 6.13) e passado destes para nós (Tiago 5.14).
Sabemos
que todo o poder pertence a Jesus “no céu e na terra” (Mateus 28.18). Ninguém tem poderes
especiais a não ser que seja concedido pelo Espírito Santo como um dom
espiritual. Por isso as crenças animistas são absurdas e contrárias à Palavra
de Deus.
Atribuir poder a objetos é
uma forma de feitiçaria!
7- Astrologia:
Deuteronômio 4.19 “Guarda-te não levantes os olhos para os céus e, vendo o sol, a
lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a
inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, coisas que o SENHOR, teu Deus,
repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus”.
Vários
povos pagãos da antiguidade adoravam os astros. Durante muitos séculos, os
metafísicos explicavam fenômenos naturais dando-lhes sentido espiritual. Os
gregos tinham o costume de consultar oráculos. Pitágoras viveu entre 580 a 500
a.C. e acreditava que os astros são deuses.
A
astrologia é uma forma de feitiçaria, pois através do estudo dos astros são
construídas normas que dizem marcar o destino das pessoas. É uma forma de
controlar as pessoas por meios espirituais e tentativa de manipular o tempo.
A
Palavra de Deus diz muito claramente que os astros, o sol, a lua, as estrelas e
planetas foram criados por Deus e têm a função de demarcar ou ajudar o ser
humano a entender os tempos e épocas (Gênesis 1.14-18). Por exemplo, através da lua se
pode contar as semanas e meses, através do sol é possível contar os anos e as
estrelas ajudam os navegadores a calcular o tempo e espaço.
Os
magos que foram ao encontro do menino Jesus, certamente eram astrônomos estudiosos
das estrelas e natureza (Mateus 2.1-7), tementes a Deus, conhecedores das
Escrituras e por isso provavelmente não acreditavam nas estrelas como os
astrólogos. O que os magos procuravam era o Messias e a estrela foi apenas um
guia para os levar a Jesus.
A
Palavra de Deus reprova todas as formas de astrologia ou culto aos astros (Isaías 47.13,14),
que foram criados por Deus e revelam a sua glória (Salmos 19.1), mas não devem ser
adorados nem reconhecidos como fonte de qualquer poder.
Astrologia é um tipo de
feitiçaria!
Não aceite nada de feitiçaria!
-CONCLUSÃO:
I Samuel 15.22 “Porque a rebelião é como o
pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos
do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti,
para que não sejas rei”.
A
rebelião é comparada à feitiçaria, pois esta também é um ato de rebeldia contra
Deus, por não aceitar a forma normal das coisas e querer manipular tudo espiritualmente.
Muitos cristãos rebeldes, estão influenciados por espíritos feiticeiros, que
Satanás por sua própria essência conduz as pessoas a se rebelar contra Deus e
seus líderes.
A
mais conhecida feiticeira da Bíblia foi a rainha Jezabel (II Reis 9.22), que praticou e incitou
o povo a práticas místicas, além de perseguir os profetas de Deus. Reis como
Josias e Ezequias aboliram a feitiçaria no meio do povo (II Reis 23.24), renovando a Aliança
com o Senhor.
Durante
a inquisição, aconteceu uma grande caça às bruxas, quando centenas de
feiticeiras foram condenadas à fogueira. Hoje não precisamos perseguir as
pessoas que se envolvem com ocultismo, macumbas e todas as outras formas de
feitiçarias. Hoje em dia acontece um movimento oposto, uma verdadeira campanha
publicitária divulgando e mascarando a bruxaria através de filmes que procuram
atrair crianças e jovens.
A
Palavra de Deus já diz que estas coisas fazem parte do Reino de Deus (Apocalipse 21.8 e
22.15). Nosso dever como cristãos é orar por estas pessoas e ensinar
a verdade. Além disso, não precisamos ter medo destas coisas, pois o poder de Deus é muito maior que tudo (Lucas 10.19).
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