-Tema: SANTIDADE
“Tendo,
pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto
da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de
Deus” II Coríntios 7.1
Alguns exemplos de rituais de purificação na Bíblia:
Purificação dos objetos do templo (I Crônicas 23.28 e 29.4).
Purificação do templo (II Crônicas 29.15-18 e Neemias 13.9).
Purificação do altar (Êxodo 29.36 e Levítico 8.15).
Purificação dos levitas (Números 8.6-21 e Neemias 13.22).
Purificação da mulher após o parto (Levítico 12.4-7).
Purificação de pessoas com hemorragia (Levítico 15.13).
Purificação do leproso (Levítico 13.7-35 e 14.1-52).
Purificação de uma casa com a água purificadora (Números 19.1-22).
Hoje sabemos que a purificação de nossos pecados vem pelo sangue de Jesus (Hebreus 9.13,14 e 22,23) e não apenas por rituais (Hebreus 10.2). Quando nos arrependemos e confessamos somos perdoados e purificados pelo sangue de Jesus (I João 1.7-9). Também nos conservamos limpos “tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade” (I Pedro 1.22), além de acreditar “purificando-lhes pela fé o coração” (Atos 15.9) e estudar a Bíblia “para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Efésios 5.26).
Como purificar minha vida?
Vamos refletir alguns tipos de impureza que precisamos vencer:
1- Impureza na MENTE:
Hebreus 10.22 “aproximemo-nos, com sincero coração,
em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e
lavado o corpo com água pura”.
A
primeira característica da impureza está em nossas mentes. A malícia muitas
vezes faz com que as pessoas só pensem coisas ruins do seu próximo (I Coríntios 14.20).
Por isso o apóstolo Paulo profetizou que no fim dos tempos as pessoas viveriam “pela hipocrisia
dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência”
(I Timóteo 4.2),
o que impede as pessoas de abrir sua mente para a verdade.
Como
Cristãos, devemos procurar ter “a mente de Cristo” (I Coríntios 10.16), “levando cativo todo pensamento
à obediência de Cristo” (II Coríntios 10.5), procurando pensar que agrada
ao Senhor.
Como
diz o ditado popular: ‘mente vazia é oficina do diabo’. Então a Palavra de Deus
nos orienta em que devemos pensar: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja
isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8). Peça a Deus que
purifique os seus pensamentos e se ocupe sempre com coisas que edificam para
preencher sua mente.
Os maus pensamentos são
uma forma de impureza!
2- Impureza nos OLHOS:
Mateus 6.23 “se, porém, os
teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso
a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”.
Jesus
sabia que os olhos são uma porta de entrada para nosso ser e através dos olhos,
imagens são gravadas em nosso mente de forma que nunca mais se apaga. Mas Deus
em sua sabedoria, criou em nós as pálpebras que se fecham espontaneamente e que
precisamos aprender a fechar voluntariamente para não ver coisas impuras.
Jesus
também disse que o olhar cobiçando uma outra pessoa é pecado (Mateus 5.28),
também chamada de “concupiscência dos olhos” (I João 2.16), que é o olhar com
desejo impuro.
Entre
as sete coisas que Deus mais abomina, estão os “olhos altivos” (Provérbios 6.17),
que é um ato de orgulho olhando as pessoas como se estivesse por cima, estão.
A
cegueira espiritual acontece quando os olhos já estão tão impuros, que já não
conseguem mais enxergar sua realidade, “pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego,
vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de
outrora” (II Pedro 1.9). Assim como Deus fez com Saulo,
precisamos reconhecer nossa cegueira espiritual e pedir que o Senhor tire as
escamas de nossos olhos (Atos 9.18).
Precisamos
pedir a Deus que purifique nossos olhos, dizendo como o salmista “Não porei coisa
injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam;
nada disto se me pegará” (Salmos 101.3). Esta fala deveria ser colocada em
nossos celulares, computadores e televisores, para lembrarmos de não ver coisas
impuras, nem dar ibope para o que não agrada a Deus e não edifica a família.
Ver coisas impuras traz
contaminação!
3- Impureza no CORAÇÃO:
Salmos 51.2, 7 e 10 “Lava-me
completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. purifica-me
com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. Cria em
mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito
inabalável”.
O
coração é o centro de nosso ser, onde abrigamos nossos sentimentos e emoções.
Se o coração estiver sujo, tudo o mais será impuro em nossas vidas. O amor é a
principal forma de manter o coração limpo, pois nosso coração foi feito para
amar (I Pedro
1.22).
Além
disso, precisamos entregar nosso coração ao Senhorio de Jesus Cristo (Romanos 10.9,10),
que preenche nosso coração. Um coração que é de Jesus não é lugar de mágoas,
malícias ou qualquer impureza.
Jesus
disse que de dentro do coração vem os pecados (Marcos 7.21), mas “o intuito da
presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de
consciência boa, e de fé sem hipocrisia” (I Timóteo 1.5). Somente Deus pode
limpar nosso coração.
Jesus
contou as parábolas comparando com a vida no campo, de forma que as pessoas
entendessem. Na parábola do trigo e do joio (Mateus 13.24-30), Jesus disse que “enquanto os homens
dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo” (Mateus 13.25),
mostrando que o inimigo tenta sujar nossos corações para impedir que sejamos
frutíferos lançando raízes de amargura (Hebreus 12.15). Na parábola do semeador (Mateus 13.3-9 e
19-23), Jesus disse que as pedras, os espinhos e a semente que cai à
beira do caminho representam corações que endureceram, que foram feridos e que “todos os que ouvem
a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi
semeado no coração” (Mateus 13.19).
Infelizmente,
muitas pessoas já estão com seus corações tão endurecidos que “tendo-se tornado
insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte
de impureza” (Efésios 4.19). Nosso coração precisa ser maleável
e sensível à vontade de Deus. A “couraça da justiça” (Efésios 6.14) serve para proteger
nosso peito para que nada fira nosso coração.
Não deixe nada suar o seu
coração!
4- Impureza nos LÁBIOS:
Isaías 6.5 “Então, disse eu: ai de mim!
Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um
povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”.
A
impureza nos lábios provém de coisas que falamos e não agradam a Deus. Jesus
disse que o que sai da boca contamina o homem (Mateus 15.18) e que “a boca fala do que
o coração está cheio” (Mateus 12.34), logo, estando impuro o coração, os
lábios demonstram isso.
O
profeta Isaías confessou seu pecado de ter lábios impuros, dizendo que seu povo
também estava com pecado em sua fala. Então um serafim pegou uma brasa do altar
e queimou os lábios de Isaías para purificar sua vida e fazer dele um profeta
para falar as palavras de Deus (Isaías 6.6,7).
Dominar
a língua é muito difícil, pois ela se torna “um mal incontido” (Tiago 3.8), mas a busca da
santidade passa pelo controle das palavras “porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não
tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o
corpo” (Tiago 3.2). Então devemos ouvir mais e falar menos
(Tiago 1.19).
Precisamos
orar como o salmista que pediu ao Senhor: “Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta
dos meus lábios” (Salmos 141.3) e crer na promessa de Deus que
declara: “então,
darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do SENHOR e o
sirvam de comum acordo” (Sofonias 3.9). Por isso, todo cristão deve evitar
conversas que não edificam e sempre procurar assuntos que abençoam as pessoas.
Embora
o mundo tenha costumes de palavras torpes, como cristãos devemos ter uma “linguagem sadia”
(Tito 2.8)
e expressões ofensivas, de duplo sentido ou palavrões “nem se nomeie entre vós” (Efésios 5.3).
As palavras de um cristão devem ser “sempre agradável, temperada com sal” (Colossenses 4.6).
Como o tempero que não pode ser muito nem pouco, devemos temperar nossas palavras.
A impureza dos lábios vem
das palavras sujas!
5- Impureza nas MÃOS:
Tiago 4.8 “Chegai-vos a Deus, e ele se
chegará a vós outros. purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de
ânimo dobre, limpai o coração”.
A
impureza nas mãos consiste em tocar coisas impuras (Isaías 52.11). No tempo bíblico
isso era levado muito a sério advertindo as pessoas para não tocar em nada
contaminado (Números
16.26). Os fariseus repreenderam Jesus porque seus discípulos não
lavaram as mãos para comer, o que era considerado um ritual de purificação,
então Jesus os repreendeu porque era uma tradição de homens incapaz de
purificar o interior do ser humano (Marcos 7.2-5).
As
mãos podem estar impuras por se levantar contra o seu próximo (Deuteronômio 27.24),
ou por se fechar para não ajudar quem precisa (I Coríntios 5.9-11). Outra coisa
séria é quando a pessoa se levanta contra sua liderança espiritual, pois a
Palavra nos adverte “dizendo: não toqueis nos meus ungidos, nem
maltrateis os meus profetas” (Salmos 105.15). De modo geral somos orientados a “não toqueis em
coisas impuras” (II Coríntios 6.17), para buscar a cada dia mais a
santificação.
O
mundo todo está sujo por causa do pecado (Tiago 4.4), por isso precisamos o tempo todo
lavar nossas mãos e todo o nosso ser, caso tenhamos tocado algo impuro (Romanos 6.19).
Procure manter suas mãos
limpas!
Jesus purifica sua vida!
-CONCLUSÃO: I João 3.3 “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim
como ele é puro”.
Os
impuros não herdarão o Reino de Deus (Efésios 5.5; I Coríntios 6.9-18; Apocalipse 21.8 e 22.15)
Precisamos
buscar a santificação, “porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim
para a santificação” (I Tessalonicenses 4.1). Uma coisa é considerada
santa ou profana dependendo do uso que fazermos (Romanos 14.14). Para quem busca
santidade, tudo em sua vida pode ser considerado puro, pois “todas as coisas
são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é
puro” (Tito 1.15). Precisamos buscar a presença do “Espírito purificador”
(Isaías 4.4),
que nos santifica.
Não
podemos nos julgar puros aos próprios olhos, mas devemos nos perguntar sempre
se “seria,
porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o
homem puro diante do seu Criador?” (Jó 4.17). Então devemos lutar
contra nossa própria carne fazendo “morrer a vossa natureza terrena” (Colossenses 3.5),
para que “despojando-vos
de toda impureza e acúmulo de maldade” (Tiago 1.21), sabendo que Jesus é o
único que pode nos purificar (Tito 2.14).
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